Esse texto abaixo foi escrito e está publicado como prefácio do livro do meu querido amigo Nicolai Cursino: “O Anjo e o Líder”. Mega recomendadíssimo. Veja mais em: https://editoraleader.com.br/livro/carreira/o-anjo-e-o-lider/
Nossa vida é uma jornada, mesmo que por muitas vezes esqueçamos disso. Vivemos achando que existe algum tipo de jogo a ser ganho, principalmente em nossos trabalhos. Há sempre alguma meta a ser batida e algum problema a ser resolvido, com a impressão de que, depois disso, viveremos tranquilo. E assim não percebemos a vida acontecer. Deixamos de ser heróis e nos tornamos figurantes dessa história.
Enfrentar os desafios é o que faz de todos nós protagonistas. Todos nós. Heróis de mil faces, como chamou Joseph Campbell, ao compreender que toda vida é a jornada de um herói, com características similares à vida de Luke Skywalker, Frodo, William Wallace, e todos outros.
Em algum momento desse livro a história do personagem será também a sua história. Vibrará em você algum sentimento, disso eu tenho certeza. Poderá ser amor, representado pela compaixão ao personagem e sua jornada, ou poderá ser medo representado na rejeição ou na raiva ao achar que esse conteúdo não tem a ver com você.
O que Nicolai nos pede nesse livro é que vibremos pelo amor. Somente assim, a transformação que tanto desejamos poderá acontecer. Vibremos sempre pelo amor também em nossas empresas, seja como líderes ou não.
Como aprendi com meu pai: é na vulnerabilidade que o amor floresce.
Nossa vida é vulnerável, não há certezas. “As certezas moram em gaiolas” como escreveu Dostoiévski. Assim como na história narrada, é na vulnerabilidade que o amor florescerá.
Em nossa vida ele pode florescer agora, durante essa leitura. Não há a necessidade de sermos forte aqui. O convite é para abrirmos um espaço de verdade.
O silencio é o espaço onde tudo isso acontece. É nele que moram as verdades. A vida conturbada que estamos acostumados a viver, principalmente em nossas empresas, nada mais é do que barulhos criados, inconscientemente, para que não ouçamos nossas verdades e assim possamos, novamente, esconder nossas dores, esconder nossa vulnerabilidade e continuar não regando espaço para que o amor possa florescer.
Gosto da parábola que diz que o construir de uma casa se faz no levantar de paredes, mas não é nas paredes que a gente mora, e sim no espaço entre elas. Assim são as nossas verdades, elas moram no espaço entre nossos barulhos, moram no silêncio.
A leitura do livro “O Anjo e o Líder” é um convite a voltarmos para esse espaço de silencio, onde o amor, a compaixão, a alegria, a tristeza e tantas outras aventuras acontecem. E lembre-se, o herói não é o personagem, é você.